Jaime Prades reflete sobre o caos urbano em “Pacificadores” na Galeria Mezanino
O artista plástico Jaime Prades apresenta a mostra “Pacificadores”, que tem visitação prorrogada até o dia 05 de julho de 2014, na Galeria Mezanino, na Liberdade, em São Paulo. O evento marca a primeira mostra individual do artista na galeria e revela 25 obras inéditas (esculturas planas para parede, como o artista gosta de dizer) e também trabalhos da série ‘Brutos”.
Tendo sempre como mote a renovação do suporte e tornar a arte mais materializável, Prades – um verdadeiro ícone da arte de rua dos anos 80, traz para a galeria 25 esculturas carregadas pela imagem de seus personagens, construídos a partir de desenhos e que resultam em combinação de técnicas industriais (como chapas de metal cortadas a laser, recebem pintura eletrostática e também o grafite).
“Para mim, eles são quase como logotipos. Dialogam perfeitamente com o abstracionismo e neoconcretismo brasileiro”, diz Prades no seu amplo ateliê no Sumaré.
Como complemento da exposição, ele apresenta também algumas obras da série ‘Brutos” – restos de construção e demolição coletados em caçambas da capital paulistana que recebem desenhos feitos a caneta usada amplamente por grafiteiros. Como se fosse um desenho rupestre contemporâneo, o artista denomina as obras, realizadas entre 2011/2013, como ‘grafites portáteis’.
Jaime Prades
Nasceu em 1958, em Madri (Espanha), vive no Brasil desde 1970 e trabalha em São Paulo desde 1975. Participou do primeiro coletivo de rua do Brasil, o Tupinãodá, nome extraído de um poema de Antonio Robert de Moraes.
Participou de inúmeras coletivas, em espaços como o MIS-SP, SESC, 19º Bienal de São Paulo e no Museu de Arte Brasileira. Realizou individuais no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, Centro Cultural São Paulo (CCSP), na passagem sob a rua da Consolação e na Galeria A Lanterna e na exposição ‘OSSO’ no Espaço Cultural Instituto Cervantes, em 2013.
Tem obras em acervos como o Museu de Arte Contemporânea de Santa Catarina, Museu da Arte do Paraná, Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, Escritório de Arte Martin Wurzmann, SESC/SP e na Plaza Gallery (Tóquio, Japão). O artista também tem obras em exposição permanente em locais em São Paulo (Escultura “Mãe Universo” na praça Amadeo Amaral, Bela Vista, Intervenção pictográfica “Mantra Dinamus Estelar” no Parque do Ibirapuera, Esculturas “Radiantes” na Escola Panamericana de Arte de Higienópolis).